Aos 77 anos de idade, Emília Araújo não se preocupa com a sua aparência, como se preocupava noutros tempos. A vaidade ficou lá atrás e hoje apenas se veste de acordo com o tempo quente ou frio que se faz sentir na rua. É que esta mulher é vendedora de castanhas nas ruas da cidade de Guimarães, um ofício a que se dedica desde miúda, ano após ano.
A primeira vez que vendeu castanhas assadas foi na festa de Santo Amaro, aos 11 anos de idade. Não chegou ao negócio por influência dos pais, que não exerciam esta actividade profissional, mas por vontade própria. “Na altura via as pessoas nas festas a vender castanhas e também quis começar no negócio, para ganhar o meu próprio dinheirinho”, recorda a vendedora, enquanto prepara castanhas para colocar a assar. Emília Araújo vende 25 castanhas por dois euros, mas o “negócio está fraco”, reconhece.
O carrinho de assar as castanhas das vendedoras de Guimarães é diferente dos outros carros do país. Na cidade-berço os carros são todos iguais e foram fornecidos pela autarquia local.
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